Chronology
Maurice e Katia Krafft dedicaram suas vidas a explorar os vulcões do mundo
Seu legado consiste em filmagens inovadoras de erupções e suas consequências, que eles compuseram nesta colagem visual impressionante. Sabbat MaterTrad.
Dirigido por Ernst Reijseger
É fácil ver por que Werner Herzog foi atraído pela história de Katia e Maurice Krafft, pois eles tinham um trabalho que envolvia algum fenômeno natural incomum, tinham uma determinação que os colocava em grande perigo e também eram cineastas apaixonados, de certa forma. Muitos dos filmes de Herzog (longas e documentários) apresentam figuras incomuns ou excêntricas em busca de algo ao ar livre, e acho que The Fire Within quase parece uma continuação espiritual de Grizzly Man de certa forma.
A principal diferença é que em Grizzly Man, os ursos pardos eram a ameaça perigosa na natureza, enquanto este documentário é sobre vulcões
Aprendemos o destino das figuras centrais imediatamente, e em ambos os filmes essas figuras deixaram para trás uma riqueza de filmagens que mais ou menos revela quem elas eram. Sinto que talvez haja menos mistério ou mergulho psicológico profundo da parte de Herzog, o que pode ser a principal razão pela qual isso não me cativou tanto quanto Grizzly Man ou alguns dos melhores documentários de Herzog.
Mas pelas filmagens incríveis que oferece e pela apresentação/edição interessante, The Fire Within ainda é bom
Talvez houvesse menos a ponderar quando se tratava de Katia e Maurice Krafft, ou talvez Herzog quisesse deixar a filmagem falar por si (ao contrário de Grizzly Man, The Fire Within é notavelmente carente de entrevistas com outras pessoas). Não foi ótimo que tenha sido lançado no mesmo ano que o excelente Fire of Love, porque esse focava nas mesmas pessoas e, pelo que me lembro, era muito mais ressonante emocionalmente, mas ainda sinto que é o suficiente.